terça-feira, 27 de novembro de 2012

"9 Mentiras Sobre a Verdade" é convidado para curta temporada no Uruguai


As mentiras de Lara estão prestes a cruzar as fronteiras e ecoar no Uruguai em sua primeira tour fora do território brasileiro.




As apresentações do espetáculo ocorrerão dias 29 e 30 de novembro e 01 e 02 de dezembro, no histórico Teatro El Galpón, em Montevidéu, à convite da organização do teatro e de um dos seus integrantes, o premiado dramaturgo e ator Federico Guerra.




TEATRO INTERNACIONAL INVITADO / NOV - DEZ 2012

9 mentiras sobre la verdad

Espectáculo internacional invitado

Grupo Teatro Líquido presenta: 9 mentiras sobre la verdad
Texto: Diones Camargo.
 Dirección: Gilson Vargas

Cuatro únicas funciones: jueves 29 y viernes 30 de noviembre a las 21.00 hs. sábado 1º de diciembre a las 21 hs, domingo 2 de dic a las 19 hs.

En su primera visita a un grupo de apoyo a mentirosos compulsivos, una mujer se presenta como Lara, 36 años. Durante la sesión ella confía a los miembros del grupo (o sea, el propio público) acontecimientos que marcaron su vida, mostrando facetas distintas de una misma personalidad: la actriz de cine (¿o extra en comerciales de televisión?); la mujer preocupada por el destino de las partículas subatómicas; la madre que cocina comida congelada; la amante que es abandonada en el suelo del aeropuerto. Mentiras verdaderas en un pequeño mundo en el que más de una persona busca desesperadamente encontrar su lugar, entre la realidad y ficción. Actúa: Vanise Carneiro. La obra se realiza en portugués.

Funciones: jueves 29 y viernes 30 de noviembre a las 21.00 hs. sábado 1º de diciembre a las 21 hs, domingo 2 de dic a las 19 hs.

 Entradas: $ 200 Socios Galpón y Espectacular $ 100 Dias 29 e 30 de Novembro e 01 e 02 de Dezembro de 2012. En venta en Boletería de El Galpón


TEATRO EL GALPÓN 
18 de Julio 1618 - Montevideo 
Departamento de Montevideo - Uruguay 
Teléfonos: 24083366 
Web: http://www.teatroelgalpon.org.uy




MAIS INFORMAÇÕES NOS SITES:

ou
                                        




segunda-feira, 1 de outubro de 2012

CRÍTICA TEATRAL - FENTEPP

A Solidão Dissimulada Diante do Espectador
por Luciana Romagnolli


9 Mentiras sobre a Verdade toma de assalto o espectador pela presença ambígua da atriz Vanise Carneiro a rasgar o tecido ficcional do espetáculo logo que adentra o teatro. A situação de diálogo direto que ela estabelece convoca o público a tomar consciência de seu papel de interlocutor no ato teatral que se desenrola, inaugurando uma cumplicidade indispensável para o jogo de negação da representação proposto.  

Vanise se apresenta como atriz. Não a que ela de fato é, mas outra. A exemplo do poeta cantado nos versos de Fernando Pessoa que finge as próprias dores, essa outra finge uma verdade incapaz de sustentar. Seu estar no palco, afinal, se justifica ficcionalmente como uma reunião para mentirosos compulsivos, à qual ela comparece encoberta de mentiras autoprotetoras. 

Essa situação intricada no limiar entre a ficção da personagem e a realidade do público exige da atuante transitar por corda bamba, mantendo sempre uma sustentação instável. Isso é possível porque Vanise, atenta, responde às reações mínimas da plateia dentro de uma margem de improviso que lhe permite valorizar o momento presente daquela apresentação e desmontar condicionamentos cristalizados de recepção teatral associados à representação, conquistando uma distinta qualidade de escuta do espectador.

Desse modo, a encenação dirigida por Gilson Vargas prepara uma zona de convívio e subjetividade na qual pode se assentar a dramaturgia fragmentária de Diones Camargo, construída como um fluxo de pensamento regulado pela autoimagem de Lara, a protagonista do monólogo, e pela imagem que ela pretende passar aos outros. Os desdobramentos contrários a essa disposição inicial da personagem se desvelam por meio de implícitos e subentendidos. 

O texto tem a sutileza de tratar de memória e perda por vias indiretas que se servem de procedimentos metalingüísticos, tecendo camadas de realidade, ilusão e jogo representacional, à semelhança do que o dramaturgo canadense Daniel McIvor tem feito em peças como “In on It” e “A Primeira Vista”, encenadas no Brasil por Enrique Diaz. 

Lara atua no centro desse jogo metalinguístico com o teatro e o cinema. O primeiro, num ato falho que inverte os sentidos de mentira e verdade. A sétima arte, à sua vez, materializa o impulso de ficcionalizar a vida e transcender seus limites para embelezar um cotidiano de expectativas frustradas, em referências significativas a filmes como “A Rosa Púrpura do Cairo” e “Thelma e Louise”. O aparato audiovisual do espetáculo evidencia recursos impossíveis na realidade diária: o corte, a luz capaz de mudar o cenário, a concretização do que se sonha. 

Vanise encontra um registro delicado de dissimulação da ansiedade, deixando escapar pelas frestas de seu discurso e de seus gestos a insegurança e o tormento interno da personagem. A figura construída de sua faceta pública somente sucumbe diante de um decisivo recurso ao real –o celular –, que desfaz sua trama de autoengano. O figurino é o receptor dessa transformação: ela limpa o batom, prende o cabelo e veste uma camiseta, desistindo da vaidade e do fingimento. 

Enredada por suas mentiras, fruto do excesso de “lava” que carrega em si, Lara atinge pontos sensíveis de um imaginário de solidão feminino, que se atrita ao repertório cinematográfico das comédias e dramas romantizadores das relações passionais e familiares. Uma metáfora bela e pungente aumenta o peso de seu lamento e o universaliza para além do “monólogo de mulher”: a associação da solidão humana ao afastamento progressivo das partículas cósmicas, até a incomunicabilidade absoluta, o desencontro eterno. 

Fonte: Assessoria de Imprensa XIX FENTEPP


Para ler o texto no site do FENTEPP - Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente, CLIQUE AQUI.

Para acessar a galeria de fotos publicadas no site, CLIQUE AQUI.



terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

CRÍTICA Publicada em Recife / PE

Especial para o NE10

O  gênero do monólogo no teatro é lembrado muitas vezes por ter um texto pesado e talvez até maçante. Não é o caso dessa peça gaúcha que estreou na quinta-feira (12) no intimista Teatro Marco Camarotti, em Santo Amaro. A atriz Vanise Carneiro possui um magnetismo digno dos ícones da época de ouro do cinema americano. Ela cativa a imaginação do espectador do começo ao fim do espetáculo, com muita leveza e provocando risos e muita identificação entre o público.

A fragmentação do texto de '9 Mentiras Sobre a Verdade', na condução da atriz e com o excelente trabalho técnico de som e iluminação, acaba por ter transições suaves de uma cena para outra. Quem assina o roteiro é o respeitado Diones Camargo.

Vanise está bem afinada com o papel de uma atriz aspirante, porém dona-de-casa, com alguns trabalhos de figuração em filmes. "Os figurantes não falam", ela ressalta em determinado momento. Daí a grande sacada da narrativa se passar numa uma espécie de grupo de apoio para mentirosos compulsivos, onde ela pode a visibilidade que necessita. O que caracteriza a personagem é principalmente o figurino, que se transforma sutilmente de acordo com a faceta de sua vida a ser apresentada. Memórias sobre relacionamentos amorosos e familiares tem espaço importante em cena, com representações em flahsback bastante estilizadas.

O uso de uma tela de fundo para exibição de elementos visuais breves está integrado com a proposta da peça, de fazer um diálogo entre teatro e cinema. A sonoplastia é excelente, com sincronia bem feita e efeitos bastante imersivos. Um dos desafios ao assistir a apresentação é adivinhar quais são os filmes cujas histórias a personagem Lara se apropria, de uma forma surpreendentemente discreta até certo ponto.

Passagens de dois filmes icônicos de Ridley Scott surgem, por exemplo, além de outros clássicos que um razoável frenquentador de cinema deve perceber. As frases de sabedoria que pontuam a narrativa, propiciando também uma unidade temática, até lembram a fase áurea da filmografia de Jean-Luc Godard, sendo batizadas por Lara de ''anotações mentais''. Uma das mais memoráveis: ''a vida é cheia de erros de continuidade''.


Crítica publicada por ocasião das apresentações no 18º Janeiro de Grandes Espetáculos - Festival Internacional de Recife. Para ler o texto no site original CLIQUE AQUI.




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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Nove Mentiras Recife/PE

Uma ótima notícia pra começar o ano: Nove Mentiras Sobre a Verdade foi selecionado para ser o representante do RS no 18º Janeiro de Grandes Espetáculos, festival internacional de artes cênicas que acontece anualmente em Recife/PE. Segundo o jornal Diário de Pernambuco, "no total, só de artes cênicas serão mais de 90 atrações nesta 18ª edição da mostra, que vai do dia 11 a 29 de janeiro." Escrito pelo dramaturgo Diones Camargo, dirigido pelo cineasta Gilson Vargas e com atuação premiada da atriz Vanise Carneiro, o monólogo estará na grade de programação ao lado de peças provenientes de outros 6 estados brasileiros (para ver quais, CLIQUE AQUI). 

Portanto, Feliz Ano Novo!!!


9 Mentiras Sobre a Verdade
Cia. Teatro Líquido – Porto Alegre/RS.

Dias 12 e 13 (Quinta e Sexta), às 19h,

Teatro Marco Camarotti (SESC de Santo Amaro).

Duração: 1h | Indicação: 14 anos.

Ingresso: R$ 10,00 (preço único promocional).


Para ver a programação completa, CLIQUE AQUI.

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